Governador exonera Carlos Anchieta da Secretaria de Cultura e nomeia Ingrid Pereira - Política
Segunda, 16 de setembro de 2024, 16:03
EXONERADO

Governador exonera Carlos Anchieta da Secretaria de Cultura e nomeia Ingrid Pereira

Anchieta solicitou seu desligamento para se concentrar em sua defesa em um processo relacionado aos recursos da Lei Aldir Blanc.

O governador Rafael Fonteles assinou a exoneração de Carlos Anchieta do cargo de secretário de Cultura do Piauí, conforme publicado no Diário Oficial do Estado na noite desta quinta-feira (5). Anchieta solicitou seu desligamento para se concentrar em sua defesa em um processo relacionado aos recursos da Lei Aldir Blanc. Ingrid Pereira da Silva foi nomeada interinamente para ocupar o posto.

  

Exoneração assinada. Foto: Reprodução.
   

 

Ex-secretário se pronuncia

  

Ex-secretario de cultura, Carlos Anchieta. Foto: Reprodução.
   

Carlos Anchieta emitiu uma nota pública explicando os motivos de sua renúncia. Segundo ele, a decisão foi tomada para garantir a transparência e a independência das investigações. "Informo que, para garantir a transparência, a lisura, a fluência e a independência das investigações que citam o meu nome, durante o período em que eu estava como gestor da Secretaria de Cultura do Piauí, e para que não paire nenhuma dúvida sobre a autonomia das apurações, estou renunciando ao cargo de secretário de Estado da Cultura. Espero colaborar, de maneira irrestrita e incondicional, para que tudo seja devidamente esclarecido", disse Anchieta.

Operação Front Stage

A Operação Front Stage, deflagrada pela Polícia Federal e pela Controladoria Geral da União (CGU) no dia 29 de agosto, investiga possíveis desvios de recursos e lavagem de dinheiro na Secretaria de Cultura do Piauí durante os anos de 2020 e 2021. As investigações apontam um esquema de favorecimento envolvendo agentes públicos e empresas beneficiadas por editais culturais financiados pela Lei Aldir Blanc. Carlos Anchieta e Fábio Novo, que também esteve à frente da pasta no período, são alvos das apurações.

Os investigados podem responder por associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. Se condenados, as penas máximas podem chegar a 25 anos de reclusão.

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