Campanha educativa marca Dia Mundial de Concientização sobre o Autismo no Piauí - Saúde
Quarta, 03 de julho de 2024, 04:42
Saúde

Campanha educativa marca Dia Mundial de Concientização sobre o Autismo no Piauí

O autismo é um transtorno neurodesenvolvimento que pode caracterizar desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais e déficits na comunicação.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou na manhã desta terça-feira (02) uma atividade educativa em prol do Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, celebrado hoje, no dia 02 de abril. A ação aconteceu no bairro Porto Alegre, na zona Sul de Teresina. A campanha está sendo realizada em todo o Brasil com o objetivo de educar e informar a população sobre o Autismo.

O autismo é um transtorno neurodesenvolvimento que pode caracterizar desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social. Dada a larga variação de características e os diferentes graus de necessidade de suporte, o autismo foi classificado como um espectro em 2013, pela American Psychiatric Association.


"A família tem uma suspeita de que essa criança tem um comportamento atípico. Quando a criança chega com a família na APAE, é encaminhada para uma equipe multidisciplinar, que inclui neurologista, fonoaudiólogo, psicopedagogo, psicólogo e terapeuta ocupacional. Toda essa equipe trabalha em conjunto para construir um laudo diagnóstico, que faz parte do espectro do autismo. O autismo é um espectro, portanto, dentro desse espectro, existem diferentes níveis de suporte: autismo nível 1, autismo nível 2 e autismo nível 3. Geralmente, os níveis 2 e 3 vêm acompanhados de outras deficiências múltiplas. Nenhum autista de nível 1 é igual ao outro, seja ele nível 1, 2 ou 3 de suporte, como afirmam especialistas no Transtorno do Espectro Autista (TEA). Sendo um espectro, dentro desse leque, ele pode apresentar diversas conformidades", falou Sílvia Patrícia, da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais.

Falconery, inspetora da PRF informou que a palestra realizada nos ônibus é importante para conscientizar os passageiros a respeitar a família e a pessoa autista.

"A gente tem o objetivo, na abordagem do ônibus, de conscientizar a sociedade sobre o autismo e tratá-los com respeito, informando inclusive que se você desrespeitar uma pessoa em função de sua deficiência, é considerado crime, com pena de um a três anos de reclusão. Então, a gente está tentando mostrar à sociedade que o autismo, essa deficiência oculta, deve ser respeitada. Aquela pessoa que tem dificuldade de interação social com a sociedade deve ser respeitada, pois, para uma pessoa comum, uma viagem de ônibus é normal, mas para muitos autistas, passa a ser desafiadora. São o barulho, alguém abrindo o celular, ouvindo música... para alguns autistas, isso pode ser perturbador. Portanto, a gente está pedindo à sociedade que se conscientize e os ajude, respeitando cada um", falou a PRF.

Além da PRF e APAE, membros da Primeira Igreja Batista de Teresina, e da Secretaria Para Inclusão da Pessoa com Deficiência – SEID, também estiveram presentes na ação.

"Esse momento é muito importante, porque as pessoas precisam entender que o Autismo está presente, cada vez mais presente na vida das pessoas. Os dados mostram que 1 a cada 36 crianças recebem o diagnóstico de autismo, e o autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento, então, os comportamentos que às vezes as pessoas, por exemplo, de um choro, que as pessoas visam ser um comportamento mal educado, é uma reação daquela criança diante de um mau desempenho do cérebro. Então ter empatia e paciência é importante. Esse momento de estar levando essa informação para que as pessoas possam estar entendendo é muito importante", falou a Suellen Nascimento, representante da Secretaria para Inclusão da Pessoa com Deficiência.

É necessário que a pessoa autista tenha suportes terapêuticos capazes de promover mais autonomia e qualidade. Eles podem ser realizados por equipes multidisciplinares, integradas por diversos profissionais. Pais e cuidadores também precisam receber orientações adequadas e os ambientes devem ser acessíveis, inclusivos e acolhedores à pessoa autista. Além disso, vale ressaltar que o diagnóstico oportuno de TEA e encaminhamento para intervenções comportamentais e apoio educacional na idade mais precoce possível, pode levar a melhores resultados a longo prazo.

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