11 DE SETEMBRO IN BRAZIL

Por Arnaldo Eugênio, doutor em Antropologia.

Enfim, “o Brasil a cima de tudo e Deus acima de todos”, mas sem golpe de Estado. Com 4 votos a 1, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) passou a democracia a limpo, dando aos milhares de indignados com a tentativa golpista o sabor do “justo pelo justo”.

O Brasil só vale à pena porque ainda existem homens e mulheres que acreditam e, principalmente, defendem o Estado Democrático de Direito contra os golpistas de organização criminosa, que tentam permanecer no poder político, destruindo a legitimidade do poder através do povo, a garantia dos direitos humanos, a igualdade perante a lei, a separação e independência dos poderes e o compromisso com a justiça social.

Neste 11 de setembro de 2025, o STF, com 4 votos a 1 (voto do jurisconfuso “Donald Fux”, que em 13 horas de discurso nauseante fez coro ao negacionismo, traindo seus pares, o STF e o povo do Brasil), devolveu a maioria da população brasileira o sentimento de justiça ao condenar o líder da organização criminosa Jair Bolsonaro e os seus membros pela tentativa de golpe de Estado.

Para além do discurso abjeto de “Donald Fux”, que instrumentalizou a técnica jurídica para defender a destruição da democracia no Brasil, coube ao voto de uma mulher – ministra Carmem Lúcia – clarificar e demonstrar que a democracia à brasileira não se renderá a nenhuma organização criminosa golpista – de direita, extrema-direita ou de esquerda).

A decisão do STF (ou check up da democracia) em condenar o líder da organização criminosa (Jair Bolsonaro) e os seus membros pode servir de exemplo para que outras democracias possam se defender de golpistas, que tentarem destruir os instrumentos democráticos para perpetrar um golpe de Estado, depondo à força um governo legitimamente constituído.

Por isso e mais, salve os “ministros responsáveis”, pois os 4 votos a 1 do STF a favor da condenação do líder da organização criminosa (Jair Bolsonaro) e os seus membros serve, também, para selar no currículo do jurisconfuso “Donald Fux” a marca de “suspeito para todo o sempre”. Esse “selo identitário” é emblemático, pois convém há milhares de outros “fuxminion” que ainda ocupam cargos públicos no Brasil.

Assim, o 11 de setembro in Brazil que foi chancelado pelo STF com 4 votos a 1, a favor da condenação o líder da organização criminosa (Jair Bolsonaro) e os seus membros funciona, também, como um “lavar a alma” ou uma purificação emocional e espiritual para milhares de famílias, que durante a pandemia de COVID-19 sofreram com a perda de entes queridos, enquanto o líder da organização criminosa debochava do sofrimento alheio.

Desse modo, o 11 de setembro in Brazil não derrubou torres, mas demoliu uma organização criminosa com funções delimitadas e participação direta das Forças Armadas no intuito de dar um golpe de Estado no país. A condenação dos golpistas é justa porque não existem dúvidas de que a organização criminosa tinha o objetivo último de se manter no poder mediante o uso da força.

Nesse sentido, a responsabilização adequada dos agentes criminosos que atuaram pela ruptura institucional é um aspecto fundamental para a pacificação nacional, a consolidação do Estado democrático de Direito e um aviso aos traidores da pátria.

Portanto, além de celebrar o 11 de setembro in Brazil, devemos reconhecer e aplaudir os ministros do STF, que não se acovardaram como um jurisconfuso, por reforçarem a necessidade de se punir todos os agentes que atentaram, ou que venham atentar, contra a Constituição e a democracia no Brasil.