PSD cobra fidelidade na base aliada e pressiona por apoio a chapa ao Senado

A sigla defende uma candidatura conjunta formada por Júlio César Lima (PSD) e Marcelo Castro (MDB).

A direção estadual do PSD no Piauí passou a exigir lealdade dos partidos que compõem a base do governador Rafael Fonteles (PT) em torno da chapa ao Senado para 2026. A sigla defende uma candidatura conjunta formada por Júlio César Lima (PSD) e Marcelo Castro (MDB), e quer compromisso explícito das demais lideranças da base, especialmente de PT e MDB.

  

Deputado Julio Cesar. 

   

A avaliação interna é de que o apoio coordenado, somado à força dos mais de 60 prefeitos eleitos pelo PSD no estado, será determinante na disputa pelas duas vagas no Senado. A sigla também defende punições para eventuais casos de infidelidade partidária dentro do grupo governista.

“Nós faremos a nossa parte, votando nos nossos candidatos, e esperamos que todos façam o mesmo”, afirmou o deputado federal Júlio César Lima, nome do PSD para o Senado.

A disputa para a próxima composição do Senado deve ser uma das mais acirradas no Piauí. Os senadores Ciro Nogueira (PP) e Marcelo Castro (MDB) já sinalizaram que tentarão a reeleição. Júlio César, por sua vez, aposta no apoio do Palácio de Karnak para conquistar uma das vagas.

A cobrança por fidelidade não ficou restrita ao PSD. No PT, o novo presidente estadual da sigla, deputado Fábio Novo, já declarou que poderá adotar medidas disciplinares contra filiados que não sigam a orientação da legenda em 2026. “Quem não votar na chapa do partido será expulso”, chegou a afirmar em entrevista recente.

Nos bastidores, a exigência tem gerado tensão entre grupos que defendem maior liberdade de articulação local e os que pregam a unidade em torno da base aliada. A formação oficial da chapa, no entanto, só será definida no próximo ano.