O preço dos combustíveis sempre foi um tema sensível para os brasileiros. Nos últimos anos, as oscilações no valor da gasolina e do etanol fizeram muitos motoristas repensarem suas escolhas, enquanto os carros elétricos surgem como uma alternativa que promete economia e sustentabilidade. Mas, afinal, qual opção faz mais sentido financeiramente em 2025?

A resposta não é simples, pois depende de diversos fatores, como o preço do litro da gasolina e do etanol na sua cidade, o consumo do seu veículo e até mesmo o custo da eletricidade caso você esteja considerando um carro elétrico. Vamos analisar os três cenários para ajudar você a tomar a melhor decisão.

Gasolina e Etanol: O Que Vale Mais a Pena?

Para quem tem um carro flex, a dúvida entre abastecer com gasolina ou etanol é constante. Uma regra simples para essa escolha é dividir o preço do etanol pelo da gasolina. Se o resultado for inferior a 0,7, o etanol é a melhor opção. Caso contrário, vale mais a pena abastecer com gasolina.

Por exemplo, se o litro da gasolina custa R$ 6,00 e o etanol R$ 4,00, o cálculo seria:

4,00 ÷ 6,00 = 0,67 → Neste caso, o etanol seria mais vantajoso.

No entanto, essa conta pode mudar dependendo do consumo do carro. Alguns veículos são mais eficientes com gasolina, enquanto outros apresentam um bom rendimento com etanol, mesmo que o preço seja um pouco mais alto.

Carro Elétrico: Economia Real ou Apenas Tendência?

Nos últimos anos, os veículos elétricos ganharam popularidade no Brasil, especialmente entre consumidores que buscam reduzir custos a longo prazo. O principal argumento a favor dos elétricos é o baixo custo por quilômetro rodado. Enquanto um carro a gasolina gasta, em média, R$ 0,50 por km, um carro elétrico pode rodar a mesma distância por menos de R$ 0,20.

Além disso, os elétricos têm manutenção mais barata, já que não precisam de troca de óleo e possuem menos peças sujeitas ao desgaste. No entanto, o custo inicial ainda é um desafio. Mesmo com incentivos, um carro elétrico novo pode custar até 50% a mais do que um modelo similar a combustão. Para quem roda pouco, pode demorar anos até que a economia no abastecimento compense o investimento inicial.

Outro ponto que pesa na decisão é a infraestrutura de recarga. Em cidades como São Paulo, a rede de carregadores está crescendo, mas em outras como cidade no interior do Piauí, a disponibilidade ainda é limitada, o que pode ser um fator decisivo para motoristas que viajam com frequência.

O Que Esperar Para os Próximos Anos?

A tendência é que os combustíveis fósseis continuem sofrendo oscilações de preço, impactados pelo cenário internacional e pela política de preços da Petrobras. Já o etanol, por ser uma fonte renovável, pode ganhar incentivos e se tornar mais competitivo.

No caso dos elétricos, espera-se que os preços dos veículos caiam à medida que a tecnologia avança e a produção aumenta. Além disso, novos modelos híbridos, que combinam motor elétrico e a combustão, podem ser uma opção interessante para quem quer economizar sem abrir mão da autonomia.

Conclusão

A escolha entre gasolina, etanol e carro elétrico depende do perfil de cada motorista. Para quem roda pouco e não quer investir alto, a gasolina ou o etanol ainda são opções viáveis, desde que se faça a conta correta na hora de abastecer. Já para aqueles que percorrem grandes distâncias e têm acesso a pontos de recarga, um elétrico pode representar uma economia significativa a médio e longo prazo.

Independente da escolha, o mais importante é estar atento aos custos envolvidos e planejar o orçamento para evitar surpresas no fim do mês.

Página de Discussão: Como Você Escolhe o Combustível do Seu Carro?

Pergunta: Você já fez as contas para saber qual combustível é mais vantajoso para seu carro?

Desafio: Nos próximos 30 dias, anote os gastos com combustível ou recarga e veja qual opção faz mais sentido para você.

Sugestão: Compartilhe suas experiências e envie sugestões de temas para os próximos artigos!

Tonny Kerley, Ph.D., é economista, administrador e professor universitário, especialista em comportamento do consumidor e análise de mercado.