Quarta, 30 de abril de 2025, 05:03
INVESTIGAÇÃO

Suspeitos de assassinar sargento não sabiam que vítima era PM, afirma delegado

Menor de idade foi morto em confronto com polícia; comparsa segue preso.

Os suspeitos de latrocínio contra o sargento da Polícia Militar Antônio Galvão, morto a tiros na porta de sua academia na tarde deste sábado (26), não sabiam que a vítima era militar. Foi o que detalhou o delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Piauí, Bruno Ursulino.


   

Criminosos procuravam por vítimas

De acordo com o delegado, os suspeitos, identificados como Kauã Pablo Vieira Silva, de 19 anos, e o adolescente J.M.F.S., já se conheciam antes do assassinato do policial, já tendo “trabalhado” juntos em outros delitos.

No dia em questão, os indivíduos trafegavam pela zona Sudeste de Teresina em busca de possíveis vítimas. Em determinado momento, depararam-se com o sargento, que estava na frente da academia IMAGEM, de sua propriedade, localizada na Avenida Itararé, no bairro Francisco Marreiros. Os criminosos identificaram um colar de ouro pendurado no pescoço do militar, o que levou a dupla a se aproximar da vítima e anunciar o assalto.

Galvão, em uma ação instintiva, reagiu à abordagem e realizou um movimento em direção ao seu coldre. O militar, no entanto, contou o delegado, estava em uma posição de desvantagem.

Como ele estava em posição de desvantagem, acabou levando a pior e pegou disparos pelas costas. Foram três disparos. Ele vai ao chão, e esses indivíduos pegam a arma dele e fogem”, disse Ursulino.

Suspeitos não sabiam que Galvão era policial militar

Segundo Ursulino, as investigações apontam que a dupla não tinha ideia de que Galvão era sargento da PM. A declaração do delegado corrobora a fala de Scheinwann Lopes, comandante da PM, de que o crime se tratou de um caso de latrocínio.

A gente tenta verificar contradições, mas realmente eles não sabiam que se tratava de policial. Infelizmente, na hora eles iam passando, e o policial se encontrava naquele local”, frisou.

A Polícia Civil identificou o menor de idade como o autor dos disparos. Ele foi morto em um confronto com a polícia neste domingo (27). O maior de idade, Kauã, dono da motocicleta utilizada no crime, está preso. Ele deve responder por latrocínio e corrupção de menores.

São indivíduos que já estão entregues à vida criminosa. São indivíduos que tiveram a oportunidade de estudar e trabalhar. O maior utilizava essa motocicleta para trabalhar como entregador, mas ele preferiu abandonar o emprego e se dedicar ao mundo do crime”, disse.

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