O pleno do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) decidiu aceitar as denúncias contra o promotor Maurício Verdejo, acusado de cobrar R$ 3 milhões para arquivar um processo de um empresário local. Verdejo responde por concussão, prevaricação, supressão de documento e tráfico de influência, algumas reincidentes. Atualmente, ele cumpre medidas cautelares com tornozeleira eletrônica.
O relator do caso, desembargador Ricardo Gentil Eulálio, votou pelo recebimento da denúncia. O julgamento foi suspenso após pedido de vista do desembargador Pedro de Alcântara. A lei determina que os crimes sejam julgados separadamente, e o promotor pode responder por múltiplas ocorrências de concussão e tráfico de influência.
Segundo a denúncia, o empresário Junno Pinheiro Campos de Sousa procurou a Polícia Federal após ser abordado por Verdejo em um restaurante. Documentos e vídeos mostram o momento em que o promotor recebe R$ 900 mil em uma sacola, parte do valor exigido para arquivar o processo. A investigação indicou que Verdejo e seu assessor planejaram a ação para obter vantagem indevida.
Verdejo foi afastado da 6ª Promotoria Criminal de Picos e teve bens bloqueados, além de ser monitorado eletronicamente. A decisão do TJ mantém o afastamento e permite o prosseguimento das investigações, enquanto o promotor se prepara para responder aos processos relacionados às acusações de corrupção e outras irregularidades.