A Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) aprovou, nesta terça-feira (9), o pedido do Governo do Estado para contratar um novo empréstimo de 600 milhões de dólares — o equivalente a R$ 3,25 bilhões. O valor não será destinado a obras ou investimentos, mas a pagar dívidas anteriores da administração estadual.
Segundo o Executivo, o montante será tomado junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com o argumento de substituição de “passivos existentes”, ou seja, débitos já contraídos pelo próprio governo. A gestão afirma que a operação permitirá alongar prazos de pagamento e reduzir custos financeiros. No entanto, o projeto não detalha quais contratos serão renegociados, nem o valor individual das dívidas que serão quitadas com o empréstimo.
Durante a votação, deputados aprovaram o texto sem apresentar emendas e mantendo o regime de urgência. O novo empréstimo soma-se a outras operações financeiras realizadas anteriormente. Com a autorização, o governo fica autorizado a assumir uma dívida bilionária com o BID para substituir outra contraída anteriormente, repetindo uma estratégia que não cria novas receitas, apenas prolonga o pagamento de compromissos já existentes.