A maçã sempre foi um fruto emblemático na história mundial. Rica em fibras e repleta de benefícios para a saúde, ela aparece frequentemente em contextos que envolvem religião, ciência e diversos temas da humanidade. Desde a famosa maçã do Jardim do Éden até a maçã que inspirou Isaac Newton em sua teoria da gravitação universal, o fruto permeia nossa cultura. Também não podemos nos esquecer da maçã envenenada de Branca de Neve, um dos clássicos de Walt Disney dos anos 30.
A maçã também inspirou um dos maiores gênios do mundo dos negócios: Steve Jobs. O fundador da Apple, uma das empresas mais valiosas do planeta, utilizou o nosso “fruto do amor” para nomear seu empreendimento, que atualmente supera impressionantes US$ 1,015 trilhões em valor de mercado (Kantar, 2024), consolidando-se no topo da macieira global.
Apesar dos altos investimentos em tecnologia, profissionais qualificados, práticas de compliance e controle de qualidade, empresas do porte da Apple não estão isentas de enfrentar fraudes, mesmo frutos pomposos e sadios podem ser afetados por ‘vermes’ que, sorrateiramente, corroem suas entranhas, causando danos e apodrecendo suas imagens de incólumes ao ardil de malfeitores. Recentemente, revistas especializadas em negócios divulgaram um esquema sórdido envolvendo dois homens que, nos Estados Unidos, enviavam iPhones falsos para a assistência técnica da empresa. A Apple os restituía com aparelhos originais, sem identificar os defeitos e, o mais grave, sem perceber que os dispositivos eram falsificados. Entre maio de 2017 e setembro de 2019, essa prática gerou um prejuízo superior a US$ 2,5 milhões – aproximadamente R$ 13,65 milhões – com o envio de seis mil aparelhos durante esse período. Os responsáveis foram identificados e presos
Como diria o jornalista e intelectual Paulo Francis: “Não há quem não cometa erros, e grandes homens cometem grandes erros.” Assim, grandes empresas também enfrentam grandes falhas, e a Apple certamente extraiu lições valiosas dessa experiência. O crucial, além de aprender com os erros é ter um plano de contingência, como fez Guilherme Tell ao disparar o tiro certeiro na maçã sobre a cabeça de seu filho. Quando o tirano que o obrigou, indagou por que ele escondia uma segunda flecha, se apenas uma tentativa lhe seria permitida, Guilherme respondeu com firmeza: “A segunda flecha seria para varar teu coração, caso eu falhasse.”
Pessoalmente, mantenha sua criatividade afiada e sua estratégia em mente, porque, no final das contas, é a astúcia que muitas vezes transforma adversidades em oportunidades. Foi isso que Steve Jobs fez nos anos 90, quando enfrentou embates memoráveis no mercado de computadores pessoais contra a Microsoft. Finalmente, para evitar que a maçã domine toda a narrativa, deixo uma reflexão em um trocadilho jocoso: em um mundo onde a inovação é constante e os desafios surgem a todo momento, estar preparado para surpresas pode ser a chave para o sucesso, tenha sempre uma carta na manga.
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