EU NÃO MORRO DE AMORES POR CHIMARRÃO, MAS NÃO ODEIO A ERVA-MATE - Gestão Sumária
Domingo, 08 de dezembro de 2024, 13:00

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EU NÃO MORRO DE AMORES POR CHIMARRÃO, MAS NÃO ODEIO A ERVA-MATE

De Arroio Chuí ao Monte Caburaí somos todos farinha do mesmo saco ou veneno do mesmo frasco.

A Pirâmide de Maslow foi uma espécie de “organograma” criada pelo americano Abraham Maslow (1908-1970), a fim de que, através de um modelo representativo demonstrar a escala das necessidades humanas. O psicólogo americano tem relevância no que tange ao estudo do campo humanístico, tendo separado seu modelo em cinco camadas, sendo a base larga do desenho geométrico o rol das necessidades  essenciais à sobrevivência humana, como alimentação, sono, moradia e saúde, na qual denominou de Necessidades Fisiológicas.

As outras quatro camadas imediatamente acima da base da Pirâmide só são alcançadas ou almejadas, de acordo com Maslow, com a realização plena da primeira. Segurança, Sociais, Estima e Autorrealização são necessidades que não fazem sentido, sem que não se tenha sido satisfeitas as necessidades básicas para sobrevivência de quaisquer indivíduos. Na linguagem popular e categórica podemos resumir que: Saco vazio não se mantém de pé!

O Estado do Rio Grande do Sul, não obstante ser considerado uma das regiões com as melhores rendas domiciliares per capita do país tem, nos últimos dias sua base piramidal de necessidades sendo corroída da forma mais deprimente possível. Pontes desmoronando. Famílias inteiras sendo levadas pelas águas. Carros sendo sugados pelas enxurradas. Cães indefesos tentando se safar da catástrofe anunciada, e deflagrada em boa parte pela ação de seu melhor amigo.

Todo esse cenário dantesco parece ainda não haver comovido um naco significativo (ou insignificante) de “politiqueiros” indiferentes ao sofrimento alheio, que insistem na tese separatista e retrógrada de que todo sulista odeia nordestino e todo nordestino tem vontade de desferir uma “peixeirada no bucho” do gaúcho.

A base de pirâmide ‘maslowniana” precisa ser reconstruída nesse instante para o bem do povo rio-grandense-do-sul. É preciso que deixemos de lado as diferenças e a supramos. Seja com o açaí do Pará, com o pequi do Goiás, com a carne-de-sol do Piauí, com o acarajé baiano, arroz de cuxá maranhense ou a feijoada carioca. Somos um povo só. Temos as mesmas necessidades, independente de qual escala da pirâmide social estejamos. Urge.

Maurício Lopes – Administrador

Especialista em Gestão Empresarial

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