Não faz muito tempo que mandávamos cartas escritas à mão, e o périplo que essas comunicações demandavam, dependendo da distância, demorava dias ou até meses, para chegar ao destinatário. Isso quando as correspondências não eram extraviadas ou, ainda pior, abertas e violadas por algum funcionário inescrupuloso. Tempos que a tecnologia garante não voltar mais. Nem vou citar os e-mails, precursores da nova forma de comunicação à distância. Hoje, contamos com a mais alta inovação, com mensagens instantâneas e chamadas de vídeo que nos permitem ver, em tempo real, tudo o que acontece ao redor tanto do emissor quanto do receptor, nesse moderno e atual processo de comunicação.

Parece que foi ontem que carregávamos máquinas fotográficas a tiracolo para registrar nossos momentos. E vivíamos ansiosos o dilema da dúvida, se havíamos conseguido captar a pose ideal ou o melhor ângulo, incerteza que só era sanada depois de enviarmos os ‘negativos’ para revelação. Tempos que a evolução não permite voltar mais. Nem se faz necessário mencionarmos as máquinas Polaroids, que revelavam fotografias como num passe de mágica minutos após o clique. Agora, com um simples toque no celular, dispomos das mais variadas técnicas – com opções de filtros, efeitos e miríades de configurações que transformam o simples ato de registrar uma cena cotidiana em algo digno de uma produção cinematográfica.

Houve um tempo em que chamar um táxi era uma tarefa das mais extenuantes. Íamos para a avenida mais movimentada, aguardando o momento em que um motorista livre e atento notasse nosso aceno. Às vezes, éramos somente crianças querendo aproveitar um passeio, e nossa única “missão” era apenas conduzir o taxista ao real passageiro. Tempos sem retorno, proporcionados pelo atual incremento em transportes mais tecnologicamente eficientes. Nem arrisco falar dos chamados “radio táxis”. Hoje, temos várias opções em aplicativos que tornam a mobilidade urbana mais prática e diversificada. E já se ouve falar, inclusive, em alguns lugares ao redor do mundo, sobre táxis desprovidos de taxistas.

A inovação na tecnologia tem mudado inexoravelmente as empresas e a vida das pessoas, influenciando a maneira de pensar, agir e trabalhar por todos os lugares. Independentemente de quais posições sociais ou econômicas estejamos inseridos, todos nós somos afetados por ela. Até parece que foi ontem, que a expressão mais condizente para definir essa frenética mudança, que impulsiona esse avanço sem retorno era a máxima que diz: “foguete não tem ré”.  Hoje, nem ouso citá-la mais; foguetes já estão voltando do meio do caminho. Todavia, o tempo voa, e esse lhes garanto: Não volta nunca mais!