QUEM CANTA A IGNORÂNCIA ESPANTA - Gestão Sumária
Quinta, 21 de novembro de 2024, 06:47

Gestão Sumária

GESTÃO

QUEM CANTA A IGNORÂNCIA ESPANTA

Vou falar do que aprendi nos discos e espero que tudo saia como o som de Tim Maia.

A Gestão é uma das áreas de conhecimento amplo, no sentido em que aborda uma nuance vasta de diversas outras áreas, mesmo que de forma superficial. Um Administrador experimenta durante quatro anos de estudo a matemática com suas finanças, o Inglês com sua prática instrumental, a Arquitetura com sua organização sistema e método, a Filosofia, a Psicologia, O Marketing, o Direito e, até a Medicina; quando se estuda a saúde do trabalhador. É um generalista.

As fontes formais para o estudo da Administração são diversas, mas sempre também busquei me ater a outras que considero importantes e, uma das mais inesgotáveis e brilhantes possíveis é sem dúvida a música. E me refiro aqui a canção no sentido mais inteligível da palavra, sem sua apelativa forma de angariar ‘views’, de viralizar doentiamente, de amealhar curtas curtidas que não duram até o próximo verão.

Quando nos deparamos com alguma obra inacabada de quaisquer Administração Pública não há como não nos remeter aos versos de Caetano Veloso, que tão bem vaticinou em uma de suas estrofes: Aqui tudo parece que ainda é construção e já é ruína. Sem contar Alcapone, de Raul Seixas, que sempre foi considerado o hino de todo gestor corrupto.

Quando escutamos Apenas um Rapaz Latino Americano, na brilhante voz e melodia do saudoso Belchior, não há como não criarmos um paralelo com os jovens brasileiros em busca de seu primeiro emprego e sem dinheiro no banco.

Como não se comover ouvindo Rosa de Hiroshima e não lincar com o que acontece no Oriente Médio e parte da Europa, com os conflitos bélicos na iminência de tomar proporções mundiais, reflexo do mais puro redesenho em que as grandes potências estão tomando, frente as constantes mudanças no cenário econômico e político mundial.

Na canção W/Brasil, de Jorge Ben Jor, tem-se uma mescla do Marketing, da situação econômica do País no ano de 1992; época dos confiscos das poupanças - “Lá da rampa mandaram avisar, que todo dinheiro será devolvido, quando setembro chegar” - bem como faz referência a uma série de outras questões estruturais do país

As músicas ensinam, elas sempre haverão de ser uma importante fonte de inspiração para diversas áreas do conhecimento. São a representação do status quo e, feitas com esmero abordam de forma sublime a situação político administrativa, financeira e cultural de uma nação em um determinado espaço de tempo. É a nossa própria história contada em versos e prosas.

Maurício Lopes – Administrador

Especialista em Gestão Empresarial

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